Blog
ASSASSINATO EM SHOPPING CENTER - QUEM MATOU MARIZETE?
24/08/2015 21:04Era sexta-feira, uma noite muito fria, mais ou menos 19h, a lua cheia, uma escuridão apavorante, quase não se via as estrelas, um silêncio profundo, só os animais agitados e a única luz que se via era do luar.
Uma família tipicamente brasileira saia de casa para o que seria um delicioso passeio: pretendiam ver um bom filme no cinema, comprar alguns presentes e lanchar na famosa lanchonete Burguer king.
O pai, famoso delegado conhecido como Dr. David Patrick Chavier, um senhor grisalho, de seus 55 anos, usava roupas elegantes, de marca e muito rico, sua esposa senhora Estephanny de Bourbon Chavier, famosa advogada, dona de longos e sedosos cabelos loiros, olhos castanhos, aparentava ser nova, aproximadamente 35 anos, muito perfumada e usava jóias caras.
A filha era a grande preocupação do casal, seu olhar escondia algo que seus pais não conseguiam identificar; Bruna Bourbon de Patrick Chavier, conhecida como Bruna, aluna de uma Universidade de tecnologia, trabalhava como modelo fotográfico, alta, magra, cabelos cacheados na altura dos ombros, olhos cor de mel e lábios grossos e carnudos, uma maravilhosa ruiva de 18 anos.
A caminho do shopping o celular de Madame Bourbon toca, era uma chamada restrita.
− Alô, quem esta falando? − Atendeu preocupada.
− Olá, sou eu Marizete sua cunhada, por favor, não mencione meu nome, preciso falar com você urgente! Trata−se de um segredo de família que ocorreu 21 anos atrás, onde você está?
− Estou a caminho do shopping próximo de sua casa. O que há de tão serio?
− Te conto pessoalmente, me encontre na frente do cinema e conversamos. Vá sozinha. – Marizete desliga apressada.
Dr. Patrick, após a ligação, questiona a esposa sobre com quem falava.
A esposa tenta disfarçar alegando ser uma amiga de infância.
− Não minta pra mim; − Não conheço nenhuma amiga sua próximo ao shopping!!! – Vamos diga com quem falavas? − Não confias em mim?
− Tudo bem, a amiga de infância era a Marizete, sua cunhada.
− Marizete? Sobre o que ela falava? O que queria?
− Ora, deixe de “papo furado”, vamos logo... Trata-se de um segredo de família e estou curiosa.
Chegando ao shopping decidem comer e fazem seus pedidos na lanchonete Burguer king. Enquanto aguardam, Dr. Patrick pede licença à família e vai ao toalete, Srª Bourbon aproveita a situação, se desculpa com a filha e sai da mesa ao encontro de Marizete.
Dr. Patrick para em uma loja e compra um disfarce para não ser reconhecido e poder espionar sua esposa e ouvir a conversa com Marizete.
Saindo da loja dirigiu-se ao corredor dos banheiros e para ter certeza que não há ninguém no toalete, pergunta a uma senhora se havia alguém e, para não levantar suspeitas, explica que faz algum tempo que está aguardando sua esposa sair de lá. A senhora prontamente, volta ao toalete e sai dizendo:
−Desculpe senhor, não há mais ninguém lá dentro.
Ele agradece e assim que a mulher sai do corredor ele entra para vestir seu disfarce o mais rápido possível e sair a tempo de encontrar sua esposa e a cunhada conversando.
Enquanto isso, Bruna, na mesa onde aguardava por seus pais, pede ao garçom para suspender o pedido e vai à busca de seus pais; no caminho encontra sua tia que pergunta por sua mãe.
−Também estou procurando por ela – explica Bruna.
– Estou muito apertada e preciso ir ao banheiro, se encontrá-la diga que estarei aqui na porta do cinema em cinco minutos – disse Marizete e seguiu apressada.
Bruna, procurando por sua mãe, aproveita que está na porta do cinema e antecipa a compra dos ingressos para o filme que vão assistir.
Saindo do banheiro, Dr. Patrick, já disfarçado, vê Marizete retocando a maquilagem no espelho e, mudando sua voz, faz um rápido cumprimento e sai apressado. Bruna e sua mãe se encontram e a filha avisa que sua tia foi ao banheiro e pediu para aguardá-la na frente do cinema. Estephanny e sua filha Bruna atendem ao pedido de Marizete e seguem em direção ao cinema.
De repente um grito! Uma correria! É a faxineira do shopping, apavorada, completamente desnorteada que sai do corredor do banheiro anunciando a morte de uma mulher. A segurança do shopping, rapidamente, isola o corredor e chama a polícia que não demora a chegar.
A polícia começa a interrogar as pessoas e os seguranças; procuram pistas, suspeitos e estudam a cena do crime.
Vendo todo esse agito, Estephanny e Bruna, curiosas, se aproximam para ver o que está acontecendo. Conversando com o policial descobrem que se trata do assassinato de uma mulher.
As duas se entreolham e desesperadas entram para ter certeza que não é Marizete quem está morta e, surpresas, gritam:
− Meu Deus! Quem teria feito isso! − Nossa família está arruinada!
− Vocês conhecem a vítima? – Pergunta o policial.
− Sim, é minha cunhada! – Diz Estephanny – chocada com a cena.
O policial acompanha as duas para fora do banheiro, acalma e acomoda as moças em local seguro e livre de curiosos.
Na cena do crime a polícia técnica encontra um fio de cabelo sintético – típico dos usados na fabricação de perucas; uma faca ensanguentada jogada dentro da pia; analisando o corpo percebe-se que a mulher foi violentada, notam-se marcas de briga, provavelmente, tentando se defender de seu agressor.
Duas facadas na altura da barriga e do tórax e um corte profundo no pescoço são a provável e cruel maneira com que foi assassinada.
O corpo é retirado do local e levado para perícia médica e análises criminais, após recolhidas todas as provas necessárias, o banheiro é liberado para limpeza e volta a ser utilizado pelo público.
Assim começa a investigação policial.
Dr. Patrick aproveita a situação e a correria, vai ate o carro e guarda o disfarce, que pra nada serviu, já que mataram a moça e ele não pôde ouvir a conversa de sua mulher.
Será que nunca saberemos que assunto misterioso era esse? (...)
Retorna à lanchonete Burguer king onde deixou sua família e não as encontra, preocupado vai procurá-las no meio da confusão e vê sua esposa e filha próximo aos banheiros e cercadas por policiais.
Intrigado questiona:
− O que está acontecendo aqui?
Um investigador se apresenta identifica-se, e explica a historia que nós já conhecemos bem.
Dr. Patrick, sendo delegado, oferece ajuda e se dispõe a tudo que for possível.
Pensando nos fatos, no misterioso telefonema recebido por sua esposa a caminho do shopping passa a suspeitar dela, sem demonstrar, contudo, suas suspeitas.
Estephanny, vendo seu esposo, de um salto, agarra-se a ele gritando:
− MATARAM MARIZETE !!! – GRAÇAS A DEUS VOCÊ CHEGOU !!!
Acalmando-a, Dr. Patrick pede para que ela e a filha retornem para casa após os interrogatórios e explica que ficará no local para auxiliar nas investigações.
O investigador, jovem, determinado, forte, conhecido como “MARRETA” por sua determinação em resolver os casos a ele atribuídos, tinha como nome de registro Bartolomeu da Silva, que considerava um nome constrangedor para a função; razão do surgimento de seu apelido.
Marreta parte para uma ação mais efetiva e vai conversar com os funcionários das lojas próximas ao corredor dos banheiros para saber se alguém viu algo estranho e determina à policial feminina Sd. Kamilly para que acompanhe o chefe de segurança do shopping e analise as imagens do circuito fechado de TV que monitora o shopping.
O investigador começa a interrogar a todos, loja por loja chegando, por fim, a uma pequena lojinha de artigos e roupas femininas onde trabalhava uma senhora simples e de idade já avançada.
− Meu último cliente, antes dessa confusão toda, foi um homem grisalho aparentando seus 51 anos que comprou uma roupa de mulher, sapatos e peruca – disse a funcionária e, demonstrando-se palpiteira, acrescentou:
− O senhor não acha essa atitude suspeita, Doutor?
− Não posso achar nada, minha função é analisar os fatos e não dar opiniões minha senhora – interrompeu o investigador.
− Obrigado por seu depoimento, se lembrar de algo mais me procure.
Marreta vai até a sala de circuito fechado de TV e a Sd. Kamilly relata:
− Chefe, as câmeras de segurança registram uma ação suspeita no corredor do banheiro do crime, um homem e uma mulher conversam por instantes, a mulher entra e sai rapidamente do banheiro, dá a ele alguma informação – não temos o áudio dessa câmera – ele entra em seguida no banheiro feminino e 10 minutos depois apenas uma senhora sai de lá, até que a vítima entra e é assassinada.
− Observei, contudo, um detalhe importante: o homem não saiu do banheiro e a mulher que saíra 10 minutos depois carregava a mesma mochila que ele usava quando entrou. Veja na imagem da câmera 3.
O investigador Marreta pede ao chefe de segurança imagens da loja de artigos e roupas femininas e começa a cruzar informações e ligar os fatos e as cenas.
A funcionária da loja reconhece o homem que entrou no banheiro feminino como sendo o último cliente a quem ela se referia em seu depoimento. Pior, ela reconhece que a mulher que saiu do banheiro usava exatamente a roupa, o sapato e a peruca que aquele homem comprara momentos antes.
Isso tudo coloca Dr. Patrick como principal suspeito e Marreta parte para as averiguações que o levarão a solucionar mais um crime.
(...)
Quem teria matado Dª Marizete?
Dr. Patrick, sua esposa ou sua filha?
Quem é aquela mulher que saiu do banheiro? Será mesmo uma mulher?
Qual a razão do crime? Que assunto é esse que ninguém sabe?
Assim foi a noite de Marreta: em claro, fumando e bebendo muito café para juntar as peças desse quebra cabeças.
Ele e Patrick não se afastaram do shopping a noite toda; juntos tentavam entender o caso embora Marreta acredite que está diante do principal suspeito.
Estephanny e Bruna, durante o caminho de volta para casa passaram na casa de Marizete para dar a notícia ao viúvo - esposo da vítima e ao filho, agora órfão de mãe.
O irmão de Dr. Patrick fez questão de ir onde estava o corpo de Marizete e prestou sua homenagem à falecida, que não pôde ser enterrada até que as análises da perícia fossem concluídas.
Enquanto isso Marreta interroga Patrick:
− Onde estavas na hora do crime Doutor?
− No banheiro masculino ao lado.
− Não ouviu nada, gritos, brigas, discussões?
− Infelizmente não, queria poder fazer algo por minha cunhada e o faria se ouvisse − eu a amava muito.
Marreta ouve indignado, ele tem quase certeza que está diante do assassino mas, cauteloso, aguarda provas técnicas da perícia.
Uma ligação celular interrompe o interrogatório informal, era o perito informando que o laudo pericial já fora enviado por E-mail para a delegacia.
Marreta acessa o E-mail de seu laptop e após a leitura conclui e dá ordem de prisão:
− Dr. Patrick, você está preso! É acusado do assassinato de sua cunhada e tem o direito de permanecer calado. O Estado lhe fornecerá um advogado, caso não disponha de um particular.
No relatório policial que Marreta apresentou para a abertura do processo de acusação e condenação de Patrick, lê-se:
“As imagens contundentes revelam que a mulher que saiu do banheiro era, na verdade, Patrick disfarçado; nas mesmas imagens constatou que ele planejou tudo fria e calculadamente. É nitidamente possível vê-lo comprando os disfarces, entrando no toalete para se trocar, saindo do banheiro após o assassinato e guardando a mala com os disfarces usados no crime dentro do porta-malas do carro da família.
O laudo pericial, contudo, revela o argumento principal:
Em seu disfarce faltam luvas. Erro primário de um assassino sem experiência.
Impressões digitais de Patrick foram encontradas na faca da pia e exames de D.N.A. revelam tecidos da pele da vítima sobre a unha de Patrick.
Na prisão, vendo-se encurralado pelas contundentes provas periciais. Patrick confessa:
− Sou delegado, bem sucedido e reconheço minha inexperiência no caso. Sempre trabalhei para defender esses casos e me vi numa situação que poderia arruinar toda minha família.
− Há muitos anos atrás tive um caso amoroso com Marizete, mas ela era uma mulher fraca, sem ambições e não iria me ajudar a vencer na vida e construir a fortuna que tenho hoje.
− Quando ela se envolveu com meu irmão e se apaixonaram nos separamos, mas eu a amava e nos vimos fortuitamente ainda por algum tempo.
− Marizete já estava casada com Lucas quando ficou grávida de Henrique. Para não destruir o fracassado do meu irmão ela mentiu dizendo que o filho era dele, mas era meu. Eles não sabem disso até hoje. Estephanny me tiraria tudo, até as calças do corpo se soubesse de uma história dessas.
− Na noite do crime, a caminho do shopping, Marizete ameaçou revelar tudo para Estephanny porque se descobriu com um câncer, doença cruel e silenciosa e não queria morrer sem garantir a seu filho Henrique a parte que lhe cabe em minha herança e o direito de saber a verdade, ainda que isso levasse todos à ruína.
− Minha intenção inicial era espionar a conversa mas, quando nos deparamos no banheiro feminino, desesperado, aproveitei a oportunidade e vocês já sabem o que aconteceu.
Patrick volta com Marreta até o estacionamento do Shopping e retida do porta-malas do carro a prova final que faz dele um réu confesso.
− Pronto, aqui está tudo. Minha vida está arruinada, não há mais o que negar!!!”.
PRODUÇÃO COLETIVA
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO - SUL 2
E. E.PROFªJOSEFINA MARIA BARBOSA
5º ANO B 2015 - PROF. ELLI
PRODUTO FINAL DO PROJETO DIDÁTICO - CONTOS DE MISTÉRIO
PROGRAMA LER E ESCREVER
ACESSE O LINK ABAIXO PARA LER OS CONTOS DE MISTÉRIO QUE ESTÃO SENDO ESTUDADOS EM SALA DE AULA.